sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O novo não se faz com o velho

A engrenagem do tempo começou a encaxar seus dentes, girando o planeta azul ao redor do sol e movimentando 2013. Os votos de um ano melhor foram feitos na virada da meia noite; os fogos estouraram saudanado o novo que veio e as taças se tocaram como sinal que esperança está no ar. Nesse momento parece que tudo de fato acontecerá. Lágrimas e e alegrias se misturam, e o desejos de sonhos realizados surgem como bolhas de sabão.

Porém, passado o dia primeiro, parece que o ano velho retoma seu ritmo e tudo segue como se fosse antes. Nada mudou. O momento mágico da virada passou e a bolha de sabão estourou. Essa cena e o que se segue, acontece anos após anos. Esquecemos que para surgir o novo, se faz necessário ações nova, deixar hábitos e abandonar vícios envelhecidos.

Na vida pública os novos e velhos prefeitos assumiram seus cargos e começam as ações quase sempre iguais ou melhor dizendo as mesmas de sempre, despachos de funcionários, novos funcionários e essa é a grande mudança. Mudar para ficar igual ou as vezes até pior do que era.

Os velhos problemas, já crônicos, se arrastam desde a criação dos municípios: falta de água de boa qualidade, apagões, esgostos a céu aberto, ruas esburacadas, educação/segurança e saúde na UTI, desemprego... o pior de tudo é que apesar de tudo, no fundo há um fiozinho de esperanças de que algo vai mudar. Pura ilusão. Nada mudará. Chega o fim do ano, o fim do mandato e tudo de novo está igual!

Mudar custa e achamos que basta o desejo de mudar para a mudança acontecer, como algo mágico atiçado por uma varinha que num simples gesto transforma o que precisa ser mudado. Só quando mudarmos de mentalidade e de ações as mudanças de fato acontecerão.


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