Casas da sogra
Desde
a retomada da democracia no Brasil as ações dos poderes judiciário,
legislativo e executivo oscilam num movimento pendular para frente e
para trás; avançando e recuando conforme as situações e as pessoas
envolvimentas, os valores e os tipos de interesses em jogo.
Porém,
o poder que mais desandou foi o legislativo. Sem rumo como no velho
ditado "perdido como cego em tiroteiro. Desorientado pelos interesses
pessoais dos vereadores, as câmaras municipais estão perdendo o sentido
de existirem e no senso comum da maioria dos brasileiros se questiona o
valor desse poder.
Pra
começo de conversa assistimos nesses últimos dias do ano, antes mesmo
dos vereadores assumirem suas cadeiras na "casa do povo", um verdadeiro
leilão pela cadeira de presidente e os valores dos votos variando
conforme o tamanho do orçamento dos municípios. E esse "mau hábito" é
tecido cada vez mais sem nenhum escrúpulos, de cara limpa. Negocia-se a
confiança depositada.
No
decorrer do mandato as negociatas seguem, seja por salários, verbas de
gabinete, diárias, empregos, cargos e as boladas maiores na aprovação
dos projetos do executivo; enfim, o cargo de vereador comprado cada vez
mais caro, pelos ganhos, se torna um investimento altamente lucrativo;
não é atoa que cada eleição cresce o número de candidatos.
Difícil
entrar, uma vez dentro, é ganhar dinheiro empurrando bebo em ladeira,
melhor dizendo cavando fundo nos cofres públicos e quem sabe melhor
negociar nesse igapó no escuro, leva mais e o município, o povo, perde e
muito!
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