quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Na Terra de São Francisco


Na madrugada de hoje desembarquei na cidade de Anamã, no médio solimões, vir de malas e cuias. Escolhi esse horário de chegada para encontrar a cidade dormindo, no estado de merecido sono e os sonhos se passando pela mente, esses que não queremos e que na maioria das vezes são os melhores que temos. E num silêncio reinante, armei a minha rede e nela esperei o nascer do sol.

Aqui será minha moradia, nova casa, nova vida. Para começo de conversa trago a vontade de ouvir, conhecer e aprender; sei que nela habita, como em todo Brasil, um povo de fé e acolhedor. É uma realidade mais ou menos nova, principalmente as pessoas, porém, sei que a vida se passa mais ou menos como na maioria das cidades da Amazônia localizadas a beira d'água.

Com os seus encantos e seus desafios, segue esse povo na insistente certeza que é possível sim a felicidade. Hoje é o primeiro dia, ainda estou nas primeiras horas; até o momento o silêncio contemplativo de suas águas e do seu verde é gritando, salvo uma palavra ou um grito, uma batida, uma serra, uma roçadeira que quebram a rotina de tão nobre som do nada.

De bagagem trouxe o mínimo, o necessário para corpo, para a mente e para alma; nunca andei com tão pouco, sempre, como dizia meu finado pai, minha bagagem era de circo; o tempo tem, me ensinado que precisamos bem menos que pensamos para viver bem. Espero que o tempo me mostre o que preciso para por aqui viver da melhor forma possível.

Vou agora, nessa tarde um pouco morna e com uma leve brisa a balança as folhas, vou conhecer um pouco mais da vida desse povo para que também eu possa viver como eles.

São Francisco, Padroeiro do município, conto com sua intercessão a nergia positiva e as orações dos que por aqui passam!


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