terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Festa de Posse, festa do novo?


Os prefeitos eleitos na eleição de outubro passado, tomam posse hoje em seus mandatos. A grande maioria deles são novos no cargo. Esta foi uma das novidades dessa eleição, o povo queria mudança e decidiu por mudar. Poucos foram os prefeitos reeleitos e menos ainda foram os ex-prefeitos que voltaram ao cargo. As pessoas estão ficando cansadas de assistirem escandâlos e mais escandâlos, e ver tudo ser igual, nada muda, entra prefeito e sai prefeito e o jogo é sempre igual. Mudar e mudar foi a palavra confirmada nas urnas.

Junto com essa mudança está também a espectativa de querer ver de fato a mudança acontecer. Da minha parte penso que é difícil coisas novas acontecerem se as formas e os hábitos são velhos e essas coisas velhas não são só da parte de nossos administradores, são também de todos nós. Não vai adiantar muito querer o novo dos políticos, eles ainda fizeram o velho jogo para se elegerem; o jogo das negociatas, das compras e vendas de votos, o mandato pode ser apenas pagamento da eleição e a busca do retorno do que foi investido.

A mudança só vai acontecer se nós eleitores, cidadãos fizermos a nossa parte; isto é, querermos uma democracia que vá além de delegar via votos a responsabilidade aos eleitos para administrarem nossas cidades. Devemos querer um outro modo de democracia, a participartiva. Desde ir as reuniões nas escolas de nossas crianças, como ir nas reuniões do legislativo, até pensar que o executivo de agora para frente tem o dever querer saber das entradas e saídas do dinheiro do município. Ainda estamos longe e o velho ainda vai prevalecer por muito tempo. Em grande parte por falta de iniciativa de todos nós.

Nos municípios do Médio Solimões: Coari, Codajás, Anori, Anamã, Beruri, Caapiranga e Manacapuru; cinco deles trocaram seus prefeitos: Caapiranga, Beruri, Manacapuru, Codajás e Coari, os  últimos três resolveram trazer de volta seus ex-prefeitos, os tofdos fichas-sujas. Em Anori e Anamã os prefeitos continuam são jovens e novos no mundo político, engatinham no meio da política corporativa dos jogos do governo Eduardo Braga/Omar. As espectativas maiores estão sobre os novatos de Beruri e Caapiranga.

Penso que esse mandato será um divisor de águas, os tempos estão mudandos, os jovens cada vez mais presentes na univeridade e com um canudo superior nas mãos gritam por empregos que não existem; e agora com estudos, desempregos e mais bem formados poderão fazer a diferença. Do outro lado, todos estão cansados de corrupção, sem contar que estamos melhor informados e mais conectados, a internet é uma ferramenta parte importante da mudança.

Em Coari onde a porta da esperança foi fechada pelos grupos que governaram o município nesses últimos anos, as coisas podem ser mais complexas; não há luz no fim do túnel para uma voz que diga uma palavra diferente. O grupo Arnaldo matou os murmúrios que ainda haviam e não haverá vozes de grupos, pessoas ou instituições que vá dizer uma palavra ao grupo Adail. O silêncio será o de uma criança comendo abiu verde.

Ainda estamos no estado primitivo da democracia e com dizia Kant quase todos não passamos da infância do pensamento. Por isso a imagem que fica na posse de hoje é a de um idoso (velhos modos) conduzindo uma criança. O prefeito conduzindo o povo. Igual a foto acima!


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