domingo, 30 de dezembro de 2012

Nada muda


Desde o início da década de 70 o governo brasileiro vem construíndo ao estilo desenvolvimentista, grandes obras na Amazônia, causando enormes prejuízos a floresta e aos moradores dos locais onde elas estão localizadas. São investimentos públicos geradores de lucros para grupos e empresários de fora da Amazônia e quase sempre de fora do Brasil. 

São obras de grande envergadura e que movimentam somas nas casas dos bilhões de dólares. Com a grande maioria da mão de obra de fora, principalmente os serviços mais epsecializados, a mão de obra local é o que sobra, os serviços mais braçais e os trabalhadores temporários, de outras regiões deixam enormes problemas e dores de cabeças para os moradores.

Tivemos a construção do gasoduto Coari - Manaus e sabemos por experiências os vários estragos que deixou na floresta e nos povos das comunidades rurais e das cidades por onde ele passou. Atualmente as obras das hidrelétricas de Jirau, Belo Monte, a Arena em Manaus e o Linhão de Tucuruí. E sobre o Linhão, segue abaixo o que escreveu hoje o jornal A Folha de São Paulo sobre ele:

A construção de uma linha de transmissão de energia de 1.800 km, ligando o sudeste do Pará a Macapá e a Manaus, se tornou um foco de conflito com moradores. A objetivo da linha de transmissão de R$ 3,4 bilhões é baratear o custo da energia e integrar Amazonas, Amapá e oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional, que coordena a geração pelo país.

Obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o linhão do governo federal passa por unidades de conservação e, segundo moradores, tem provocado desmatamento e poluição. Também atravessa terras de agricultores, que reivindicam indenização justa. Leia mais.

A Amazônia ainda continua sendo vista como "porto de lenha" que deve ser queimada para o motor funcionar; antes eram das máquinas dos navios que transportavam a borracha que enriqueceram grandes serigalistas e uma meia dúzia de estrangeiros; hoje, produz energia para fazer funcionar as fábricas que em sua grande maioria os donos são estangeiros. Sem contar que o povo, principalmente o povo da floresta jamais é ouvido, levado em conta. O tempo passa e tudo continua igual!


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