segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Reserva Ducke, um pedaço de nós

Ontem estive na Reserva Ducke com um grupo de amigos. Faziam anos que não andava por lá. Aparentemente as estruturas principais e administrativas continuam iguais e muito bem mantida. As vezes através dos meios de comunicação tenho notícias dela, sempre falando bem e de seus eventos; atualmente com duas exposições interessantes falando de sapos, peixes e gentes; excelentes para conhecermos um pouco mais da vida da floresta e de alguns povos que nela habitam.

Fizemos o percurso por uma das trilhas, de algumas apresentadas pelos guias; infelizmente pelo tempo com vento forte e previsão de chuvas tivemos que fazer a de percurso mais curto. O guia, um jovem que por coincidência é coariense, ia nos explicando o que para ele poderia ser interessante para nós. Ele um iniciante que parecia ter sido inciado há pouco tempo no mundo dos matos; menino de cidade, repetia o básico do que alguém tinha dito para ele.

Antes de inciarmos o percurso o guai das trilhas nos falou da Reserva, principalmente de sua grandezas, animais e de sua importância para para todos, de modo particular para a ciência e seus pesquisadores. No caminho dizia alguma coisa sobre uma ou outra árvore; sua maior utilizade era que conhecia o caminho, sem ele, talvez ia ficar perdidos em meio a mata firme e "virgem". Fiquei pensando com os meus botões que há tantos indígenas idosos morando em Manaus, desempregados e sem aposentadoria, prestariam um ótimo serviço a humanidade se lá estivessem como guias, pois, conhecem cada folha, raiz, pau, inseto que habita esse mundo!

A Reserva Ducke é uma "nano" amostra do tamanho de nossas riquezas que infelizmente são mal gestada. Deixamos de lado os conhecimentos tradicionais dos povos das florestas e vivemos com a mentalidade desenvolvimentista, preconceituosa que mato é local de bichos. Por isso estamos vivendo o tempo da destruição. Precisamos aprender a explorar, ter lucros sem destruir e os povos indígenas nas suas boas vivências com o mundo aamazônico por milhares de anos, nos provaram que é possível. Herdamos dele uma fortuna, um tesouro e estamos gastando como herdeiros irresponsáveis.

A Reserva nos seus anos de existência está cumprido seu papel de pedagoga, conduzindo a quem vai lá num caminho que leva a um mergulho num mundo tão perto de nós e ao mesmo tempo, tão distante. Saimos com a grandeza da floresta dentro de nós. Suas cores e cheiros tão diversos, penetram a alma; nos dando a certeza que também nós somos ela e ela é nós; enfim, que a ser barro vamos voltar.

Faça uma visita, com certeza, vais gostar!


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