quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Coari, a Tebas da floresta


Quando Édipo chegou em Tebas o povo da cidade estava triste, a "esfinge" que tinha devorado o rei Laio fechou a porta da esperança e a tudo devorava. Creontes, irmão de Jocasta é o responsável de enviar guerreiros para combater a fera e assim vingar a cidade da morte de seu rei. Édipo desorientado pelos últimos acontecimentos de sua vida parte para a missão sem saber ao certo o que ia encontrar ou o que significava matar a fera perigosa.

Não sou Édipo, mas, cheguei em Coari sábado passado e o que vejo em Coari é uma cidade muito parecida com a Tebas do mundo da mitologia grega, com um povo triste e com a porta da esperança fechada. A tristeza é fruto da má administração atual que não pagou o mês de outrubro para muitos, o mês de novembro para poucos e ... todos sem esperança de receber o décimo-terceiro salário e dezembro não está nem nos sonhos dos que dormem. As festas e celebrações de natal estavam mais para velório de uma morte anunciada de um povo empobrecido que vive num município milioinário!

E o pior de tudo é não ver esperanças. A educação da terra do gás e do petróleo nem de longe parece ser a de um município milionário, muito pelo contrário é tão ruim como a educação dos municípios mais pobres do Amazonas. Nunca o município esteve entre os primeiros na qualidade educacional nos índices que demonstram a sitaução da educação do estado e do Brasil.

E as portas da esperança na geração e rendas e empregos estão fechadas e não adianta choro. Talvez o que possa acontecer no novo governo é a mudança de um grupo para outro. Os cargos de primeiro e segundo escalão terão novos donos, para esses sim, puxas-sacos de alta linhagem, haverá empregos/cargos e dinheiro do município. Quanto a grande maioria da populção será como sempre, se contentar com as migalhas caídas/deixadas, restos dos que sempre se aproveitaram da riqueza do município mais rico do interior do Amazonas.

Antes tudo era ruim e ficou pior e agora o que virá?


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